Ação Integrada: Administração, Supervisão e Orientação Educacional - Resenha

10/01/2011 14:47

 Doutora em Educação pela Columbia University em Nova York, com pós-doutorado em pesquisa e ensino superior pela George Washington University, em Washington D.C. è  diretora educacional do CEDHAP-Centro do Desenvolvimento Humano Aplicado, em Curitiba, atuando como conferencista e docente em cursos de capacitação para sistemas  estaduais e municipais de ensino. Publicou pela Vozes: Ação integrada: administração, supervisão e orientação educacional; Planejamento em orientação educacional; Metodologia de projetos:ferramenta de planejamento e gestão; A escola  participativa: o gestor escolar (em co-autoria); Pedagogia interdisciplinar: Fundamento teórico-metodológicos; Concepções e processos democráticos de  gestão educacional; Gestão educacional: uma questão paradigmática.

O livro Ação Integrada: Administração, Supervisão e Orientação Educacional, analisa de forma clara e objetiva o papel da gestão, supervisão e da orientação educacional como meios de apoio, trabalhando junto ao professor para melhoria do processo educativo, visando o aluno, levando em consideração que a escola é um sistema social que se compõe de um conjunto de funções todas elas interinfluentes em diferentes áreas. De acordo com a autora essas interinfluências da maneiras que são conduzidas afetam de alguma forma outras áreas, portanto nem sempre se tem consciência e nem sempre se age de maneira a somar esforços, de acordo com o um ponto de vista e objetivos comuns.

A escola constitui-se de uma organização sistêmica, ou seja, um conjunto de elementos que interagem e se influenciam, conjunto esse relacionado na forma de troca de influências, ao meio que insere. A interinfluência será cada vez maior e mais forte, dependendo da proximidade do relacionamento que tiverem  os elementos que a exercem.

Em referencia ao relacionamento de mutua influência com o meio que está inserida, a escola tem a função de promover a melhoria da comunidade que está inserida, sendo assim a escola recebe influência da comunidade, adaptando seus objetos e programas, métodos e técnicas as suas necessidades. Portanto chega-se a conclusão em que ao pensar em algum setor da escola, pensasse nas relações com os demais setores incluindo a comunidade.

Ao falar no professor Luck utiliza uma citação de Reeder (1943) a qual destaca que, o papel desse professor é basicamente ajudar o educando no desenvolvimento de habilidades, hábitos, atitudes, valores, ideais ou qualquer tipo de aprendizagem ainda não desenvolvida e que se julga ser importante e necessário o que nos mostra que essa preocupação com o aprendizado do aluno e com papel do professor como agente de educação não é tão recente.

Em relação à divisão de trabalho e distribuição de papeis dentro da escola, a autora enfatiza que o diretor não deve crer que a sua função dentro do ambiente escolar é apenas administrar os recursos financeiros e pessoais, mas também os pedagógicos, já que dentro das habilidades desse profissional compete à dinamização e assistência aos membros da escola para que promovam ações condizentes com os objetivos e princípios educacionais propostos.

Ao falar no papel do supervisor escolar, Lück afirma que se constitui na somatória de esforços no sentido de promover a melhoria do processo ensino aprendizagem, no qual essa ação leva o enfoque para o professor num processo de assistência aos mesmos e a coordenação de suas ações, mas embora o supervisor assumindo uma ação voltada ao professor, nem sempre preocupa-se com a melhoria do seu desempenho. A eficácia da ação do supervisor escolar torna-se, pois diretamente ligada à sua habilidade em promover mudanças de comportamento no promover (Koran, 1969), ou seja, trabalhar juntamente com o professor para aquisição de novas habilidades ou reforços de outras já existentes, pois muitas vezes o melhoramento no processo ensino aprendizagem não depende somente de diretrizes preestabelecidas e de planos prontos, muitas vezes poucos aceitos pelo professor, mas das condições apresentadas por este profissional para implementá-los. Em ralação a falta de assistência ao professor a autora cita Cogan (1973) que considera essa uma das importantes causas de embaraço no processo educativo. A autora frisa ainda é crucial a atenção do supervisor ao professor dando uma assistência sistemática, no sentido de melhoria contínua do seu desempenho. Esse papel não cabe somente ao supervisor, mas também ao qualquer um que seu papel seja orientar e acompanhar o processo de ensino-aprendizagem.

Para definir orientação educacional a autora cita Schmidt e Pereira (1969 p. 71) “um método pelo qual o orientador educacional ajuda o aluno, na escola, tomar consciência de sue valores e dificuldades concretizando, principalmente através do estudo, sua realização em todas as suas estruturas e em todos os planos de vida”. Em visto essa definição cabe ao orientador educacional, buscar ajudar o aluno visando o melhoramento de seu desempenho dentro do ambiente escolar.

Em relação ao processo de consultoria faz-se necessário examinar o potencial do processo de consultoria para ser utilizado na escola, pelo diretor, pelo supervisor escolar e pelo o orientador. O que a autora dar por entender é que a escola tem todos os materiais para que se trabalhe integralmente em todos os setores escolares, visando à melhoria do aprendizado do educando.

 A meu ver, esse é um livro de leitura obrigatória a todos os profissionais da educação que visam e melhoria do processo ensino-aprendizagem, um livro de fácil leitura e que nos faz rever nossos papéis dentro do ambiente escolar, fazendo-nos refletir sobre todo o processo educacional.

Enfim ao chegar às conclusões da autora, percebi que consegui aprender muito sobre o assunto lido, principalmente sobre o verdadeiro papel do supervisor escolar e do orientador educacional, que até antes da leitura da obra de Heloísa Lück, ainda confundia.

 Francisco Vasconcelos Silva Júnior

Acadêmico do 4º Período de Pedagogia

Faculdade do Vale do Itapecuru - FAI 

 

Referências

 

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